segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Última Palavra

Eu não recordo qual foi a última palavra nem a última frase que você disse antes de partir...

Eu não sei se isso é normal, mas sempre perco a última memória das pessoas. A última lembrança, o último sorriso, a última conversa... Parece estranho! Até tento retomar na memória cheiros, vozes, atos, sorrisos, imagens, sensações; mas tudo isso se perde!

Sinto-me culpado! Perco as imagens na memória. Vejo fotos, vídeos e áudios de quem partiu e não consigo sentir o espírito da pessoa nestas mídias frias e offlines. Sinto que na busca por registrar a vida perdemos a capacidade e a sensibilidade de registrar em nossas memórias nossas histórias. E só percebemos isso quando já não podemos mais aproveitar cada instante, cada momento, cada sorriso, toda lágrima, gemido, interjeição, mexida de sobrancelhas, piscadas de olhares!

Eu não recordo qual foi o último beijo nem o último abraço que você me deu... Não lembro quando foi a última vez que nos chamamos de idiotas ou idiotamente de amores: quando foi a última vez que eu disse que te amo? Talvez nunca e se de fato nunca disse nunca mais direi porque quem já partiu não ouve!

E nesta divagação percebo que ninguém vai lembrar das minhas últimas palavras. Tem algumas pessoas que eu já as disse pessoalmente, mas só saberão quando for tarde demais para perceber que o fim foi sem despedidas, que as últimas palavras já foram ditas.

E qual vai ser a palavra derradeira? Qual será a expressão vocal dita antes do suspiro final? Não planejei, e pode ser que não tenha oportunidade de fazer este projeto, uma vez que posso até já ter dito, enquanto escrevia, e por fim, assim que findar e publicar, pode ser que a última palavra tenha sido dita e e nem eu tenha percebido...

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

SOBRE SONHOS E REALIDADES - #1de10 #10em10 - Dez anos em dez postes

É preciso sonhar o sonho certo! Aprender a sonhar e se, necessário for, reaprender a realizar os próprios sonhos. Às vezes, precisamos aprender a sonhar junto: sonhos coletivos, construídos com ajuda, com apoio, com sorrisos, com lágrimas, com choro, com dor, com vitórias, com amigos... Mas na maioria das vezes, nossos sonhos são nossos e de mais ninguém, e neste caso, em geral depende somente da nossa atitude para serem concretizados.

Durante um período da vida agente descobre que nossos sonhos embora existam, nem sempre são concretizados e que vários destes se tornam grandes desilusões e que nossos desejos nem sempre serão realizados, porque, ao contrário do que muitos tentam acreditar: nem tudo é do jeito que gostaríamos que fosse. Mas isto não é motivo para desistir dos objetivos e metas e sonhos e vontades, primeiro porque isto não se trata de uma regra e mesmo se fosse poderia haver exceções.

É importante que se tenha os pés no presente, lembre os erros do passado e o olhar no futuro, mesmo sabendo que nada do que se imagina acontecerá, é fundamental que se trace o que se quer para o amanhã, uma vez que quando se deseja algo, as pessoas passam a lutar mais motivadas, quando se quer alguma coisa, mesmo que pareçam impossíveis, aí sim as pessoas fazem, não digo o impossível, até para não repetir a mesma palavra duas vezes, mas sim, talvez o impensável, o improvável para atingir o ideal.

Ter sonhos é bom, realizá-los é muito bom, mas perdê-los é lamentável, sinal da incapacidade de se ser feliz, e não realizá-los pode ser maravilhoso ou o fim, vai depender de como o sonhador perceberá a situação e sua reação pós-não realização. Quando um sonho não acontece durma novamente e embarque em novas terras, novos sonhos, novas vontades, novos desejos...

(Editado de outubro de 2008 em 03 de agosto)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Ponto Final

Ponto Final

Começo da frase

Caixa alta

Letra maiúscula garoto

Ponha vírgulas, não faça orações tão extensas!

Evite reticências...

Não se perca nas exclamações

Exagere nas interrogações

Afinal é na dúvidas que construímos certezas

Ponto Final!

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Incomum

Improvável
Impossível
Impessoal
Inadimissível
Incompreensível
Incorreto
Ingrato
Infortúnio
Incoerente
Inconstante
Imoral
Ilegal
Irreversível
Igual você e eu
Incomum, mas normal

Observe o tanto que temos em comum:
Somos igualmente diferentes!

sábado, 18 de novembro de 2017

18 de Novembro - Loucura Protestante



Por que mais de 900 pessoas se mataram por causa deste homem?

Até os ataques de 11 de setembro, a maior tragédia envolvendo ações deliberadas contra civis americanos teve lugar em meio à floresta amazônica, no território da Guiana. Há exatamente 39 anos.

Em 18 de novembro de 1979, 918 pessoas morreram em um misto de suicídio coletivo e assassinatos em Jonestown, uma comuna fundada por Jim Jones, pastor e fundador do Templo Popular, uma seita PENTECOSTAL CRISTÃ de orientação socialista.

Embora algumas pessoas tenham sido mortas a tiros e facadas, a grande maioria pereceu ao beber, sob as ordens do pastor, veneno misturado a um ponche de frutas.

Foi um fim trágico para um projeto utópico iniciado em 1956, no estado americano de Indiana. Apesar de promover curas "milagrosas" fraudulentas, Jones promoveu ideais igualitários, como impor vestuário modesto para os frequentadores de cultos, distribuição de comida gratuita e mesmo o fornecimento de carvão para famílias mais pobres no inverno, o que atraiu um imenso contingente de fiéis de perfis raciais mais diversos.

Em meados dos anos 60, o Templo Popular se mudou para a Califórnia, um local mais apropriado para os ideais esquerdistas do pastor. Nos anos seguintes, o movimento ganhou popularidade suficiente para que Jones circulasse entre os poderosos - a primeira-dama Rosalynn Carter, por exemplo, encontrou-se várias vezes com ele.

Mas a seita também despertou suspeitas e investigações da mídia americana, que explorou relatos de dissidentes sobre um suposto estilo messiânico e ditatorial do pastor. O escrutínio levou Jones a buscar refúgio na Guiana, onde conseguiu permissão das autoridades locais em 1974 para arrendar um terreno em meio à selva e criar uma comuna longe de olhos mais curiosos.

Jonestown, como o assentamento foi batizado, tinha uma escola, bangalôs e um pavilhão central, além de espaço para que os habitantes plantassem verduras e legumes. O pastor e centenas de seguidores se mudaram para lá em meados de 1977. A única forma de contato com o mundo era um rádio de ondas curtas. Houve relatos de que Jones promovia um regime ditatorial, marcado por punições severas e pela presença de guardas armados para tentar evitar fugas.

O pastor também avisava aos seguidores que os serviços de segurança americanos estavam "conspirando contra Jonestown", e que uma das soluções seria um "suicídio revolucionário". Algo que, por sinal, teria sido ensaiado algumas vezes em assembleias.

Em 1978, alertado pela preocupação de parentes de integrantes da comuna, o deputado federal Leo Ryan viajou à Guiana com uma delegação de 18 pessoas para visitar Jonestown, Depois de negociar entrada no local, a visita ocorreu em 17 de novembro. No dia seguinte, Ryan e mais quatro pessoas morreram a tiros em uma pista de pouso próxima ao assentamento. Poucas horas depois ocorreu o suicídio coletivo.

Os relatos de sobreviventes falam em um "estado de transe coletivo", mas uma sinistra gravação dos procedimentos, que inclui discursos de Jones, contém gritos de agonia das pessoas envenenadas. Quem tentou fugir foi morto.

Quando autoridades da Guiana chegaram a Jonestown, o pastor foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em uma posição que sugeriu suicídio. Dos habitantes que estavam em Jonestown naquele dia, apenas 35 sobreviveram. Mas também são considerados sobreviventes pessoas como Laura Johnston Kohl, que naquele dia estava na capital guianesa, Georgetown, comprando mantimentos para a comuna.

"Nós éramos visionários que deixaram para trás os confortos da vida urbana e se mudaram para o meio da floresta para criar um modelo de comunidade para o resto do mundo. Jim Jones era articulado para mascarar as partes dele que eram corruptas ou doentes", explica Kohl, autora de um livro em que relatou suas experiências no culto.

Quase quatro décadas depois da tragédia, Jonestown ainda provoca polêmica na Guiana. O terreno da comuna foi "reconquistado" pela floresta, mas há no país quem queira ver o local explorado como ponto turístico, assim como acontece nos antigos campos de concentração nazistas na Europa, por exemplo. Mas o governo do país tem se recusado a considerar a possibilidade.

ORIGEM: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151118_jim_jones_massacre_fd 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Sem Dores



Para não falar que não falei de dores
Para não dizer que vivi apenas de amores
Dias nublados também tem cores
O cinza, o castanho e o negro confundem-se com seus olhares
Tão tristes... sem saberes, sem sabores!
Sem estar nos teus braços, nos teus beijos, sem flores!

domingo, 23 de julho de 2017

12 Vidas 02: Velório do Antônio

- Ele era um excelente rapaz!
- Todo mundo gostava dele!
- Não merecia essa morte!
- Coitada da mãe dele!
- Pois é... Que absurdo!
- Por que os jovens vão tão cedo?
- Ele sempre foi tão risonho!
- Todos o amavam!
- Eu não consigo acreditar, por que ele meu Deus?
- Nem viveu tudo que tinha pra viver!
- Tinha um futuro tão promissor!
- Era fantástico!
- Eu quero ir junto com você! Não me deixe!
- Eu te amo filho!
- Papai, você 'tá dormindo?
- Eu queria ter te ajudado mais!
- Ele sempre me ajudou tanto...
- Eu não gostava muito dele, mas todos diziam muitas coisas boas a respeito dele!
- Era um bom rapaz!
- Vá em paz!
- Queria que não fosse verdade!
- Lembro quando os primeiros dentes dele nasceu...
- Ele só colheu o que plantou!
- Depois que ele matou aquele homem, ele mudou muito!
- Sofreu muito esse homem!
- Foram quantos tiros?
- Meu filho: Não me deixe!
- Ele sempre foi tão lindo!
- Rosto de anjo!
- Não merecia ter morrido assim!
- Foi assassinado covardemente!
- Não queria vir te ver parceiro, mas...
- Eu te amo!
- Deus sabe o que faz Antônio!

Última Palavra

Eu não recordo qual foi a última palavra nem a última frase que você disse antes de partir... Eu não sei se isso é normal, mas sempre perco ...